Toni Sando, presidente executivo do SPCVB
(foto: divulgação)
Viver com saúde, morar numa casa aconchegante, ter um carro sem precisar ser amigo do mecânico, um emprego onde não é preciso engolir sapo o tempo todo, um cônjuge amigo que não discute a relação dia sim, dia não e ir na casa na sogra de domingo só quando realmente tiver vontade, é o desejo da maioria das pessoas normais.
Viver de bem com a vida não tem preço. Mas nem sempre isso acontece. Há pelo menos duas situações.
A primeira é por circunstâncias e variáveis externas que a vida não nos permite fazer grandes mudanças de rota, a segunda é de, por opção pessoal, querer ser infeliz.
Por circunstâncias há motivos de sobra que até justifiquem uma decisão, afinal nem tudo no universo, está sob o nosso controle.
Mas e quando a opção é ser infeliz?
São muitas as situações do nosso dia a dia, que comem uma fatia da nossa vida, e quando nos damos conta, a vida e a vitalidade já se foram e o melhor pedaço foi jogado fora.
Por exemplo: Fazer coisas que não gostamos ou não nos deixam confortáveis, só para ser aceito pelo companheiro (a), pelo grupo de amigos, familiares ou comunidade;
Não tomar a atitude de terminar (definitivamente) um relacionamento estressante e incompatível, por preguiça de ter que começar tudo de novo , levando muitos (as) à loucura, a doenças, a vidas paralelas e até fatalidades, gerando mais problemas do que o problema original.
Não gostar do que se faz ou do ambiente de trabalho e nem sequer se movimentar para pesquisar outra opção, se angustiando no sofá todas as noite de domingo à espera do dia seguinte;
Não se sentir bem com a aparência física, mantendo péssimos hábitos, sem ao menos tentar se adequar a uma alimentação mais adequada ou uma vida mais equilibrada;
Ficar horas parado no trânsito na ida e na volta do trabalho, sem cogitar a possibilidade de buscar uma nova alternativa de mobilidade ou moradia;
Sofrer com a dor de cabeça constante, sem procurar os reais motivos através de um especialista para resolver definitivamente o problema – quem sabe não era apenas um óculos de grau.
E assim, sem meias palavras, a vida passa, o resto fica, sem a preocupação de ser feliz ou não. Tanto faz como fez.
Atitude é o desafio, o risco é o preço.
O “porque não” de alguém com determinação dá sempre lugar ao “e se não der certo” para quem tem preguiça, covardia ou medo de tentar.
Não importa nossa idade.
Antes de nascermos, há 80, 50, 30, 20 anos atrás, tudo já existia e há muito e muito tempo, e com certeza tudo continuará existindo quando partirmos sei lá pra onde.
Por isso, nosso momento é agora, porque a vida tem prazo limitado.
Não há como perdermos nenhum minuto do nosso precioso tempo sem termos no mínimo a ambição de viver de bem com a única vida que nos resta.
Há pessoas, com as quais por alguma circunstância, a vida não foi generosa, e as vezes tem mais dificuldades para vencer obstáculos. Mas muitas vezes são as que têm mais garra e determinação.
Para quem pode, mas prefere não tentar ser feliz, um lembrete:
Nesta vida, cada dia mais, é menos.
É uma opção.
*Toni Sando é presidente executivo da Fundação 25 de Janeiro – São Paulo Convention & Visitors Bureau. Administrador de Empresas com MBA em Gestão Empresarial. Sócio da TSM Assessoria e Gestão de Negócios, palestrante e professor de Marketing, Gestão de eventos e Tendências. Atuou em marketing, vendas, produtos e operações no mercado financeiro, administradora de cartões de crédito e em rede hoteleira.