Meu último vídeo

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

BC Musical - Música para receber a Primavera


Acho que não tem música melhor pra esse tema do que "É Primavera" do Tim Maia! Então aí vai:


Conheça essa blogagem coletiva criada pela Dani Moreno do blog Moça de Família.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Ricardo Coiro - O amor não fica por misericórdia



O amor não fica por misericórdia, por falta de opção ou mesmo por não ter para onde ir.
O amor continua por desconhecer qualquer motivo para descontinuar e por ser totalmente incapaz de encontrar algum sentimento afiado o suficiente para rompê-lo. O amor não liga para o tempo que passa sempre com muita pressa e não se abala com o correr da carruagem que insiste em diariamente corroer nossos ossos. O amor simplesmente fica. Perdura. Não vai. Resiste à tentação atômica das muitas novas paixões, à destruição gerada pelo câncer imprevisível, à feiúra da pele cada dia mais enrugada e até ao ódio, que muitas vezes, involuntariamente, brota de dentro de nós.
O amor, do tipo verdadeiro, mesmo quando senhor ou senhora, não liga para falta de língua ou para o beijo rápido que já não lambuza mais como um dia lambuzou, pois de dentro de cada selinho desferido, ele transborda em forma de um quilométrico desejo de querer bem. É isso. O amor é mais que simplesmente amar. O amor é uma vontade incontrolável de querer bem. Seja pela mãe, pelo pai, pelo irmão, pelo cachorro, pelo marido, pela mulher ou por qualquer uma das tantas coisas que são inteiramente dignas de amar.
O amor, do tipo incondicional, não morre nem quando o corpo do outro morre, pois segue firme no olhar incompleto, que insistirá sempre em ancorar-se nas fotos tiradas quando ainda havia chance de tocar a ponta do nariz do ser amado.
O amor verdadeiro só para quando o coração de quem ama finalmente para.
O amor precisa de apenas um corpo com vida para existir.
--
Ricardo é um publicitário louco que escreve maravilhosamente bem e consegue mostrar bem em seus textos que é possível SIM ter muito romantismo sem perder a pegada. Vive entre o soco e o sopro. Morre de medo do morno e odeia caminhar em cima do muro. Acha que sensibilidade é coisa de macho e que estupidez é atitude de frouxo. Nunca recusou um temaki ou um café. Peca todo dia. Autor do livro Confissões de um Cafamântico.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Ricardo Coiro - Pelo fim das luzes apagadas

Você saiu da banheira de forma abrupta, de maneira acrobática aplicou um giro rápido de 180 graus e dirigiu-se ao banheiro fazendo um “Moonwalk” para que eu não pudesse olhar diretamente para sua bunda. Em um piscar de olhos, conseguiu esconder sua parte mais linda atrás de um desnecessário roupãoSim, eu sei que mesmo depois de alguns bons meses juntos, fodas bem dadas, garrafas de vinho extintas e nossos suores misturados, você ainda tem vergonha de mim e, infelizmente, não consegue livrar-se do medo que tem de expor suas características humanas aos meus olhos, não menos humanos.


Pois saiba que muitas vezes, priva-me de seus melhores ângulos, como se eu fosse um crítico ranzinza do programa Ídolos e, a qualquer instante, pudesse tirar do bolso uma placa contendo a nota 0, para assim reprovar-te, rebaixar-te e fazer-te sair do palco engolindo o choro. Quero que saiba, de uma vez por todas, que eu sempre aplaudirei seus passos ensaiados, mas que não deixarei de te amar, nem um pouquinho, nas tantas vezes que ainda irá tropeçar e cair como qualquer pessoa faz. Pelo contrário, vou sempre levantar-te pelos pulsos ou jogar-me no chão junto com você para rirmos da vida deitados no asfalto.
Porque gosto mesmo quando você foge do script e não percebe que está com a pontinha do nariz suja de sorvete.
Adoro quando nos teletransportamos da balada direto pra cama e quando lá te deixo sem forças até para tirar a maquiagem, pois no dia seguinte você fica linda parecendo uma panda de ressaca.
Quero que saiba agora, e não amanhã, o quanto eu te acho bonita mesmo quando faz careta.
Não tem ideia de como eu ficaria feliz se você, ao menos uma vez, relaxasse e soltasse a barriga enquanto comemos Doritos sentados e pelados em cima da cama. Eu não tenho nada contra as suas dobrinhas e espero também que não tema minha barriga cultivada à base de boêmia, bordas recheadas amanhecidas e ausências na academia.
É claro que te acho uma gostosa dentro daquele Babydoll preto, mas preciso realmente que saiba o quanto adoro te ver recheando aquela camiseta velha da sua formatura da terceira série.
Adoraria que você se esquecesse de pedir para apagar a luz e me permitisse devorar com os olhos cada canto seu – porque, afinal, se é com você que estou naquele momento, significa que é com você que quero estar. E que te acho linda do jeitinho que você é.
E é óbvio que aquele saltão me dá uma puta vontade de morder suas panturrilhas, mas peço que use mais vezes aquela sapatilha vermelha super confortável e sabe porquê? Pois tenho tesão também pelo seu bem estar e por saber que, na minha frente, em cima de mim, do meu lado e comigo, sente-se realmente livre para ser humana.
Não estou pedindo para você ir de mãos dadas comigo ao banheiro, nada disso. Peço apenas para despir-se de verdade, que remova não apenas as roupas, mas também essa desnecessária vontade de parecer perfeita.
--
Ricardo é um publicitário louco que escreve maravilhosamente bem e consegue mostrar bem em seus textos que é possível SIM ter muito romantismo sem perder a pegada. Vive entre o soco e o sopro. Morre de medo do morno e odeia caminhar em cima do muro. Acha que sensibilidade é coisa de macho e que estupidez é atitude de frouxo. Nunca recusou um temaki ou um café. Peca todo dia. Autor do livro Confissões de um Cafamântico.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

O HOMEM BATATA

O HOMEM-BATATA COZIDA
Aquela coisa básica, o Batata cozida é uma espécie de homem que encontramos em tudo quanto é canto. Ele é fácil, disponível, nem é uma delícia, mas é gostoso. A gente está ali de bobeira, sozinha, tentando conhecer alguém e o pior é que ele aparece. Uma amiga te apresenta, ou ele é seu vizinho, o cara simplesmente está na área e está a fim de você. Não, ele não é banana, é batata, o Batata cozida. Satisfaz, eu encaro, se passar numa manteiga ele pode te fazer ver o buraco negro. Batata cozida, eu não te dispenso.
O HOMEM-BATATA FRITA
Outro tipo bastante comum, porém o Homem-batata frita é mais vulgar ainda. Não satisfeito em estar em todas, ele é praticamente irresistível e você acaba invariavelmente na dele. Você e todas as suas amigas e conhecidas. O batata frita está sempre nos assuntos das rodinhas de noitadas de amigas inseparáveis, quando descobrem que ficaram com o mesmo cara. Como tudo o que é bom, não se deve exagerar com esse tipinho de homem porque ele faz mal, a gente acaba ficando com a pele horrorosa, é muita aporrinhação. Ninguém escapa de encarar um Homem-batata frita, mas tem que saber a hora de parar.
O HOMEM-BATATA CORADA
Que fofura de tipinho. Ele exagera na gostosura. Alia um pouco de Homem-batata cozida a um pouco de Homem-batata frita, mas com uma grande e importante diferença: ele não é tão fácil, o que o torna bem mais interessante. Por fora é um pouco duro, o que é providencial, mas o interior dele é soft, gostoso, puro. O Batata corada é tudo de bom, mas tem humildade e fica corado quando ressaltamos suas inúmeras qualidades, o que o torna quase um bofe perfeito. Um tipinho delicioso, que passa nas nossa vidas e às vezes não damos o devido valor, mas que faz uma mulher pra lá de feliz. Ai Batata corada, vem bem quentinho que eu quero queimar a minha língua.
O HOMEM-PURÊ DE BATATA
O Homem-purê é uma incógnita. Pode chegar aparentando ser uma coisa e quando experimentamos pra valer, vemos que é outra coisa bem diferente. O Purê é aquele cara meio descansado, meio pegajoso, gostosinho, mas que só fica legal mesmo se vem acompanhado, de preferência de um melhor amigo gente fina, lindo e rico, porque se depender do Purê, você vai ter que providenciar tudo. O cara é mole e não tem nada que o faça mudar. E, pior, quem tenta mudar essa coisa de ser mole no Homem-purê piora tudo porque fica fake. To fora do Homem-purê.
O HOMEM-BATATA BARÔA
Tem gente que nunca viu, ou se viu não sabe que aquele era um Homem-batata baroa. Pensou ser um Homem-mandioca ou quem sabe um Homem-cenoura, mas não, ele é mesmo essa coisa indefinida, parece um pouco o uma coisa, um pouco com outra, mas na verdade verdadeira ele é o que sua natureza não nega: uma Barôa. Ótimos para serem nossos melhores amigos, são bons nas opiniões sobre sapatos e tinturas de cabelos. Use e abuse do homem-batata barôa como seu consultor de moda e estilo, mas esqueça do lance sexual com ele, porque o Homem-melancia dá a ele o que ele quer.
O HOMEM-BATATA AO MURRO
Eu de-tes-to esse tipinho. Outro dia li uma história de uma garota que fora agredida verbalmente pelo noivo na presença de seus futuros sogros, e ela ainda perguntava se aquilo seria razoável. Olha…isso me dá nos nervos. O Homem-batata ao murro é casca grossa e não faz força nenhuma para adoçar o seu temperamento. Pelo contrário, além da casca ser grossa, ele é salgado e com sal grosso. É muita grosseria num homem só. Pra lidar com esse tipo só outro Homem-batata ao murro, porque o que eles gostam mesmo é de porrada. Aí ficam lá os dois se esmurrando enquanto a gente sai de cena pra não voltar nunca mais.
O HOMEM-BATATA NOISETTE
Muito bonitinho, muito gostosinho, mas o problema no final das contas é aquele que você já deve estar imaginando. O que adianta tanta formosura, tanta perfeição se a parada é pequenininha? Eu sei, eu sei, não é bonito dizer isso, mas eu não encaro esses batatinhas, não rola química! Homem batatinha noisette, vai, vai pro Champs Elisées.
O HOMEM-BATATA ASSADA
O cara já vem pra você todo comprometido, cheio de traumas, mania de perseguição. Manja aquele que diz que está traumatizado por causa da última relação? É o Batata assada. A batata dele já assou com todo mundo. Ele faz merda atrás de merda e neguinho não perdoa, e a batata dela vai assando…O passado dele o condena mesmo. Eu é que não seguro essa batata assada.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Twitter