Faltam placas sinalizadoras, faltam informações sobre os locais turísticos, falta estrutura hoteleira, falta educação, principalmente, dos vendedores ambulantes na hora de lidar com o turista e falta segurança – um mal crônico do Brasil. E nem citei a falta de pessoas que saibam outra língua e a falta de estrutura dos aeroportos brasileiros.
É difícil entender os motivos que levam essa “falta de tudo” na hora de se relacionar com o turista. Cidades que dependem basicamente dessa indústria nunca deram a atenção necessária ao assunto, afinal, pra que tratar bem uma pessoa que vai gastar seu rico dinheirinho na minha cidade. Pode ter certeza que se ela não for bem tratada, sua próxima viagem será para outro lugar.
E como esses pobres cidadãos de “segunda categoria” serão recebidos nas cidades-sede da Copa das Confederações e Copa do Mundo? O Fantástico deste domingo, dia 2 de junho, acompanhou turistas estrangeiros em todas as sedes e o resultado não foi nenhuma surpresa. Todas as cidades apresentaram problemas.
Apesar das prefeituras consultadas pela reportagem afirmarem que estão “se mexendo” para resolver as falhas, sabemos que é um problema antigo e as desculpas são sempre as mesmas.
Em graus diferentes, cada cidade visitada tem problemas específicos, mas a falta de sinalização foi explicita. Placas que não levam a lugar algum e a falta de informações sobre o local visitado. Em depoimento de uma turista europeia, tudo muito bonito, mas que ela não sabia nem o nome de uma igreja visitada. Isso não é prejudicial apenas para o turismo. Os próprios moradores, muitas vezes, não têm ideia de sua própria história.
Apesar disso, não ter informações sobre as atrações pode não ser o mais chato em uma viagem de férias. A falta de educação das pessoas é o que mais irrita em uma viagem. Em uma viagem a Porto Seguro fui abordado por um vendedor ambulante que não deu bola para as minhas negativas e achava que eu tinha obrigação de comprar uma rede dele. Quando fiquei irritado e pedi que fosse embora – depois de pelo menos uns 15 minutos insistindo para a compra – ainda fui chamado de paulista estressado.
Pois é, o cara tem o direito de infernizar minhas férias, e eu não tenho o direito de reclamar que ele está sendo inconveniente. Na matéria do Fantástico, um vendedor alegou que se não insistir, não vende. Ninguém reclama da insistência, mas tudo tem um limite. Recebeu um não, duas, três, quatro vezes, chega, vai embora, procura outro cliente.
Se isso já é chato para o brasileiro, para o turista estrangeiro, que está acostumado com pessoas civilizadas, é muito pior.
O que fazer pra mudar? No curto prazo, nada. Não existe tempo para mudar a cabeça de adultos que sempre agiram dessa forma. Então resta manter a esperança nas crianças, sempre elas, educadas por estas mesmas pessoas. Complicado, não?
Como atender bem o turista? O brasileiro ainda tem muito a aprender nesse assunto.
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